A Black Friday 2019 foi um sucesso, e totalizou um faturamento de 3,2 bilhões de reais, aponta levantamento da EbitNielsen. O dado é referente à receita registrada na quinta-feira, 28, e na sexta-feira, o volume de vendas foi 23,6% maior que no ano anterior e comprova o sucesso da data, que cresce ano após ano e já conquistou um espaço no calendário do consumidor brasileiro. Outro dado importante, é a confirmação de que os consumidores estão cada vez mais adeptos às compras através de dispositivos móveis. A EbitNielsen identificou que 55% dos pedidos foram feitos a partir de celulares, enquanto que em 2018, esse número era de 35%.
O site Black ou Fraude (http://www.reduza.com.br/blackoufraude), ferramenta criada especialmente para a Black Friday pela startup Reduza, monitorou e comparou preços e fretes de milhares de ofertas, com intuito de ajudar os consumidores em suas compras, além disso a plataforma buscou por cupons e ainda identificou possíveis fraudes (sites clonados).
O estudo que monitorou 39.167 ofertas, entre os dias 28 e 29 de novembro, que os próprios consumidores trouxeram ao site, e identificou que apenas 19,72% tinham o menor preço com relação aos últimos 30 dias, já comparando essas promoções com relação a outras lojas no dia da Black Friday, 13.720 produtos (35%) traziam o menor preço considerando o valor produto mais o frete. Ou seja, por mais que não fossem o menor preço dos últimos dias, esses promoções traziam o menor preço da data.
Outro número interessante é que 33,93% ou 13.290 ofertas traziam opções de entrega com entrega gratuita. Um levantamento de dados feito pela mesma empresa em 2018 estimou que 16,9% dos consumidores tinham opção de frete grátis na Black Friday passada.
As tentativas de golpes através de sites clonados também surpreendeu, cada vez mais comum nas redes sociais, criminosos divulgam falsas promoções com o objetivo de atrair as pessoas através de preços impraticáveis e que pelo senso de urgência, e contexto de Black Friday, fazem elas acreditarem, e acabam sendo lesadas. A ferramenta que contou um recurso anti-golpes, livrou 1261 consumidores desse tipo de prática, comparando as URL’s trazidas pelos usuários com as URL’s oficiais das grandes lojas.
Um levantamento feito pelo Reclame Aqui contextualiza os dados apresentados. O monitoramento, realizado da 11h do dia 27 até às 6h do dia 29, computou 3.538 reclamações sobre a Black Friday. Esse número representa um aumento de 59% com relação ao ano passado. O principal motivo das reclamações é, como em todos os anos, a propaganda enganosa, com 28,3% do volume das queixas. Logo depois aparecem os problemas na finalização da compra (10,69%) e, por conta das promoções antecipadas que algumas marcas proporcionaram, atraso na entrega aparece em terceiro lugar, com 9,3%.
Para Alessandro Fontes, co-fundador da startup: “é fundamental que o consumidor utilize-se das ferramentas disponíveis para que possa sempre fazer a compra ideal, segura e para que possa buscar pelo menor preço de forma personalizada, considerando a forma de pagamento que deseja e ainda o frete para sua região”.
Por esse motivo a ferramenta Black ou Fraude continuará no ar, durante toda Cyber Week, que é o saldão pós Black Friday, para que os consumidores possam buscar pelo menor preço, de forma rápida e simples, e inclusive saber se o preço está igual ou equivalente a semana anterior na qual aconteceu a Black Friday.
Os números sinalizam que as lojas foram bem generosas em 2019 com relação a cupons de descontos, onde cerca de 28% dos produtos apresentados na Black eram aplicáveis a cupons de descontos, que reduziam os preços em média de 13,2%. Amador Gonçalves Neto, também co-fundador do Reduza, acredita que “a Cyber Monday trará preços ainda melhores que da Black Friday, principalmente em categorias como moda, esporte e cosméticos”.